terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A EVOLUÇÃO EM 5 DIAS



Depois das primeiras 48 horas e de ter me dado conta de que meus gatos já haviam corrompido a técnica de apresentação ideal entre felinos, registrei dia a dia a interação deles, pois para quem curte comportamento felino é fascinante observar como eles respondem ao ambiente, a nós e aos futuros companheiros.

11/11/2012 – Algo aconteceu durante a madrugada. O Gaspar começou a noite dormindo no tapete da biblioteca, bem perto do quarto. Em um dado momento senti que a Fiona saiu da cama. Pelos sinais de hoje pela manhã, acredito que ela tenha descido para ir na caixa de areia, mas o Gaspar deve ter ido atrás e ela acabou fazendo cocô e não teve tempo de cobrir. Ela não voltou mais para a cama até sentir que eu estava acordada, de manhã, e o Gaspar miou intermitentemente das 3h30 até às 7h30, querendo atenção.  É um miado que ‘chama’. Dormi mal, mas não levantei porque penso que ele não deve entender que devo atendê-lo  sempre que quiser. Além do mais, acho que o objetivo maior dele é a amizade da Fiona, já que hoje ele repetiu alguns rituais para demonstrar para ela que se submete (se bem que, mesmo não sendo felina, mas já tendo convivido o suficiente com eles, penso que ele está fazendo o jogo da humildade para depois tentar se impor. Ele não tem jeito de gatinho submisso J).
Também, já pude notar uma certa tranquilidade na Fiona, embora o mau-humor e intolerância ao Gaspar continue. Hoje ela foi normalmente até a cozinha comer, enquanto coloquei o Gaspar na área de serviço (ainda não desmanchei a caminha que fiz para ele ali, onde também está a caixa de areia, comida e água para ele) e fechei a porta para ela saber que comeria em paz. Quando abri a porta para ele sair, estava deitado e continuou ali, tranquilo. Vendo o Gaspar quieto, a Fiona até deu uma parada para olhar para ele e depois foi deitar no encosto do sofá, de onde poderia observar o ‘inimigo’.
Ela também tem demonstrado calma quando vê que estou fazendo carinho no Gaspar. Hoje ele deu uma mordidinha na minha mão de novo, enquanto eu tirava pedrinhas da areia no pêlo. Ok. Ele também me mostrou que queria a comida igual a da Fiona quando se serviu do prato dela. Quando coloquei a mesma ração no prato dele, na área, ele foi até lá e comeu e não ligou mais para o prato dela. Bom sinal de respeito!
Mais tarde, enquanto eu lia o jornal,  a Fiona veio para o meu colo e o Gaspar deitou no chão mais ou menos a um metro e meio de distância. Ela fez menção de querer correr com ele, mas segurei e a acariciei. Ela acalmou e ficou só observando enquanto ele não olhava diretamente para ela (quando faz isso, ele deita com o corpo de lado), manteve o rabo relaxado e ficou bem quieto. Foi um momento de vibrações positivas, embora meio tensas. A tensão positiva do ‘quero te conhecer melhor antes de te dar liberdades’.
Quando sentei na cama para ler meus emails, a Fiona veio junto e o Gaspar ficou miando pela casa novamente, pois ele sabe que ainda não pode subir na cama.  Chamei várias vezes, mas ele pareceu nervoso e se sentindo abandonado. Como ontem à noite eu já tinha colocado uma almofada no chão para ele, fui para o chão, chamei e mostrei a almofada para que ele deitasse. Ele entendeu, deitou, aceitou uns carinhos nas laterais do pescoço, se acalmou e adormeceu. A Fiona observou todo o processo tranquilamente, de cima da cama. Quando voltei para o lado dela, ela também se ajeitou do jeito relaxado de sempre, barriga para cima, e adormeceu.
Eu já desconfiava, mas agora que tenho plena visão do Gaspar dormindo, noto que ele deve ter passado por momentos muito estressantes, pois volta e meia acorda miando baixinho. Mas também pode ser o medo da rejeição, do abandono. Sempre que ele acorda assim e olha para mim, faço o olhar de ‘eu te amo’ (olhar nos olhos dele, piscando bem devagar) e ele volta a fechar os olhos e adormecer.
Hoje também dei para o Gaspar uma bolinha com um ratinho dentro. No início ele fez de conta que não queria nada com aquilo, mas quando deixei ele sozinho, vi que brincou e se divertiu muito caçando o ratinho dentro da bola.
Não sei quantos dias/capítulos terá esta adaptação, mas está me parecendo que não serão tantos quantos eu pensava.

12/11/2012 – Hoje comecei a notar que a Fiona já está aceitando melhor a presença do Gaspar e ele até arriscou uma brincadeira de se esconder do lado de fora do banheiro pra assustá-la quando saísse, mas de alguma forma ela sabia que ele estava ali e foi ela quem o assustou, olha só! Hahaha!


O Gaspar ainda respeita os espaços da Fiona e não tentou mais subir na minha cama. E eu aprendi mais um pouco sobre ele. Eu tinha ficado preocupada com os miados fortes que ele faz quando está sozinho em um ambiente, pois achei que ele estava sentindo alguma dor. Mas ao mesmo tempo eu reconhecia aquele tipo de miado como o miado de “chamada” . Finalmente entendi que ele detesta ficar sozinho. Se muda de ambiente quer que alguém vá com ele. Chama. Se ninguém vai até ele, ele vem e se junta a nós.
O Gaspar gostou muito do passarinho-bola que improvisei e pendurei na estante dos livros. Hoje também foi o primeiro dia em que vi ele tirando um soninho longo à tarde, sem despertar assustado a todo momento. Dormiu em silêncio e bem relaxado.  À noite, dormiu praticamente o tempo todo, mas ele tem o hábito de acordar por volta de 4h15 da manhã e chama querendo companhia.
Ele é um comilão! Ai, ai, ai.. vou à falência assim.

13/11/2012 – Dia mais feliz aqui em casa. A Fiona não consegue mais disfarçar que já aceitou o Gaspar como amigo, mas como toda mulher,  ela faz charme e se aproxima e deixa ele se aproximar só um pouquinho.  De manhã ela se esparramou deitada de barriga para cima no tapete onde ele costuma afiar as unhas. Implicante ela, não? Sabendo do perigo, ele foi lá e cheirou uma das patas de trás, que ela retirou imediatamente de perto do focinho dele, mas nem por isso deixou de ficar bem à vontade.
De tarde notei que ambos estão misturando seus cheiros, usando a caixa de areia um do outro e comendo e bebendo água nos pratos um do outro. Detalhe, os pratos do Gaspar ficam na área de serviço e os dela na cozinha. Mesmo assim se dão ao trabalho de comerem um pouco em cada um. Revezamento de ‘restaurante’.
De tarde resolvi acatar a sugestão da Pam Johnson  e praticar um pouco de Terapia do Brinquedo. Segurei um ‘passarinho’ em cada mão. Esses ‘passarinhos’ são brinquedos pendurados por fios longos a uma varinha flexível, que facilita a mudança de movimentos durante a brincadeira. Eles adoraram. Comecei com os dois ‘passarinhos’, mas quando vi que eles estavam se alternando para brincar com o mesmo, deixei um deles de lado e estimulei eles a brincarem juntos. Deu certo e foi muito divertido ver a Fiona, que há muito tempo não saltava para brincar, saltando bem alto como o Gaspar, para ver quem caçava primeiro. Depois de algum tempo, o Gaspar saltava e volta e meia batia com o corpo na Fiona e ela ficava braba. Mas fiz com que a brincadeira terminasse bem, levando eles a acalmarem, só puxando o ‘passarinho’ pelo chão até eles perderem o interesse. Guardei os passarinhos  sem saber quem estava mais contente com o sucesso da Terapia do Brinquedo, se eu ou eles.

Hoje também dei mais um pouco de colo para o Gaspar, desta vez sentada no sofá da sala, onde a Fiona costuma sentar comigo. Ela veio até a sala, viu ele no colo, cheirou a ponta do rabo dele e foi olhar a paisagem na porta da rua, perto de nós, mas sem irritação.
Acho que hoje,  4 dias depois da chegada do Gaspar, posso considerar um sucesso de rapidez surpreendente a adaptação de dois gatos adultos, com personalidades fortes, embora ainda não possa considerá-los amigos íntimos. Mas sei que isso vem com o tempo

14/11/2012, considero missão cumprida com sucesso, a aproximação do Gaspar e da Fiona. De manhã, enquanto me arrumava para trabalhar, vi os dois correndo pela casa,brincando de pega-pega. Quando voltei à tarde, a Fiona deitou um pouco comigo para descansar e consegui com que o Gaspar subisse na cama, pelo lado oposto ao que ela estava, e abracei os dois, um com cada braço. Assim não houve ciúme. Sei que essa amizade ainda tem muito a progredir, mas já estou feliz com o que vejo.
E 15 dias depois. . .

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

SIM, HÁ A MELHOR TÉCNICA PARA APRESENTAR UM NOVO MORADOR, MAS. . .


Depois de decidir adotar o Gaspar e receber a notícia de ter sido aprovada como adotante, havia algumas coisas a fazer para preparar a casa e a Fiona para a chegada dele.
Estudando comportamento felino, descobri os erros que eu cometi quando trouxe a Fiona para ser companheira do Darky. Há técnicas comprovadas de como apresentar um gato novo a um outro, que já mora há mais tempo em uma casa e aplicar essas técnicas teria facilitado muito a relação inicial entre os dois... talvez.
O Darky era um gato muito ligado a mim e ciumento, mas desde a mudança de uma casa grande para um apartamento de 2 dormitórios, ele andava deprimido. Também, na casa havia muitas pessoas, um cão e mais 2 gatos com quem ele convivia e agora só tinha a mim no apartamento. Então, quando levei a Fiona, coloquei a caixa de transporte dela em um dos quartos que eu usava como escritório, abri a portinha da caixa e esperei que ela saísse. O Darky olhou e cheirou em volta da caixa e ficou de guarda. Resultado: a Fiona viveu dentro da caixa durante 30 dias. Ela saía à noite para se alimentar e usar a caixa de areia, mas voltava correndo para a ‘casinha’, até que um dia cheguei em casa e havia pêlos de gato espalhados pela sala. Eles haviam brigado e eu fiquei com medo de ver o que poderia ter acontecido. Pois para a minha grande surpresa, estavam os dois deitados, juntos, no quarto-escritório, esperando por mim. Finalmente um final feliz, mas não com a minha ajuda porque naquela época eu já amava os gatos, mas era totalmente ignorante quanto a como lidar com a psicologia deles.
Agora, com o Gaspar, seria diferente. Eu utilizaria a técnica da apresentação em etapas, que pode levar entre uma e duas semanas, se bem sucedida. Então fiz os seguintes preparativos:

Antes da chegada do Gaspar
- Reorganizei os itens da área de serviço, retirando algumas coisas que não eram necessárias e abrindo espaço para colocar uma almofada grande que seria a cama dele no que os experts em comportamento felino chamam de ‘santuário’ (e esta é a palavra que vou usar daqui para a frente), além de um local para colocar os pratos de comida e água e um outro canto para a caixa de areia. Também retirei a caixa de areia da Fiona dali, arrastando-a primeiro para o lado de fora do santuário, mas na mesma posição em que estava lá dentro;
- Coloquei no santuário as coisas que seriam usadas pelo Gaspar, incluindo um arranhador pequeno e alguns brinquedos, enquanto puxei a caixa de areia da Fiona para um pouco mais longe, dentro do lavabo. Ela não se importou e até gostou no novo lugar;
- Conversei muitas vezes com a Fiona sobre um ‘gatito’ que viria para ser amigo dela, assisti a vários programas sobre felinos na companhia dela (sim, às vezes ela deita do meu lado e assiste TV se o programa tiver miados, latidos, ou pios).

Depois da chegada do Gaspar
O Gaspar chegou no dia 9/11/12, às 21h. Gostei que já fosse noite, pois logo depois de acomodá-lo eu poderia subir com a Fiona e dormir normalmente com ela, enquanto ele se adaptaria no santuário.  Fiquei um pouco com ele lá dentro para conhecê-lo um pouco melhor e fazer com que ele se sentisse bem no seu novo lar. Como eu precisava entrar e sair do santuário para também dar alguma atenção para a Fiona, notei que quando sozinho o Gaspar miava como quem chama por companhia. Mesmo assim consegui acalmá-lo para que a noite fosse silenciosa. Ele miou algumas vezes durante a madrugada, mas acabou dormindo. A verdadeira adaptação iniciou no dia seguinte quando observei que ele é um gato sociável, que precisa participar do ambiente geral da casa. Mas eu precisava seguir as etapas, então:
- Na manhã seguinte, como precisava sair, não quis iniciar o processo de exploração da casa. Fiquei  alguns minutos com ele no pátio, acarinhando, dando colo, falando com ele. Ele me conquistou mais um pouco ao acariciar o meu braço com uma das patinhas, com o mesmo movimento que os humanos fazem. Ele só foi levemente agressivo comigo 2 vezes, mais como uma reprimenda por não gostar de 2 gestos meus: colocar o pé na frente dele para que não saísse da área de serviço (ele deu uma mordidinha no peito do meu pé e saiu correndo, o que também pode denotar convite para brincar)e outra mordidinha no meu antebraço quando insisti em tentar limpar os dentes dele com um produto especial.
- Ao voltar para casa no final do dia, vi que a Fiona ficava com medo da silhueta que via do outro lado da porta do santuário, enquanto o Gaspar se batia na porta, miando (implorando) por companhia.
A minha maior preocupação era que a Fiona não perdesse a confiança no meu amor por ela. Até aí, tudo certo e de acordo com as técnicas aprendidas. Eu sabia que a tensão era algo a resolver entre ela e o Gaspar. Quando notei isso, me tranquilizei e decidi esperar pelo momento certo para somente observar e interferir se necessário.
- Era o segundo dia e os dois gatos já demonstravam impaciência. Então decidi abrir a porta do santuário e deixar o Gaspar explorar a casa num momento em que a Fiona estava no andar de cima, no quarto. Mas ele é muito curioso e andou pela casa toda. Como a Fiona é medrosa, ela se escondeu dele. Num segundo momento ela sai, curiosa para ver quem andava pela casa, já que o Gaspar estava miando como que procurando por alguém. Foi quando ouvi lá debaixo um rosnado e um Fffffu! Ok. Primeiro contato feito.
- A partir daquela noite o Gaspar dormiu no nosso quarto, mas sobre uma almofada perto da cama. Na noite seguinte, ele tentou saltar na cama e foi devidamente expulso pela Fiona. Ele acatou e deitou no chão, perto da porta. Notei que ele é muito respeitador. Durante um bom tempo ele não tocou nos pratos de comida dela, não usou a mesma caixa de areia e não se aproximava de mim enquanto ela estava por perto.
- No terceiro dia, houve alguma regressão por parte da Fiona, que andava se esgueirando pela casa. Como o Gaspar ainda estava comendo no santuário, fechei a porta para que ela comesse calmamente.  
Essas atitudes reforçam para o gato que  já convive com você, que o amor e carinho que sempre teve ainda está lá e que não vai morrer só porque há outro gato na casa.

Esta foi a etapa número 1, uma das mais difíceis na apresentação de dois gatos adultos. Eu esperava manter o Gaspar por pelo menos 3 dias dentro do santuário antes de deixar eles se verem, mas ambos me forçaram a abreviar esse tempo. Quando a Fiona começou a regredir no desenvolvimento da relação com o Gaspar, eu pensei que tinha errado de novo, que deveria ter mantido os dois separados, mas não.
A minha conclusão até este momento é: é maravilhoso que especialistas tenham desenvolvido técnicas que facilitam a apresentação de dois gatos que devem viver na mesma casa, e dividir  tudo, inclusive seu humano, mas devemos também saber ‘ler’o que nossos gatos nos comunicam com relação a isso.
Abaixo você pode ver um vídeo que fiz de um momento em que, mesmo ainda não se relacionando como amigos, o Gaspar e a Fiona interagem e como ele  a respeitou para demonstrar que não queria tomar o lugar dela. 

Parte 1

Parte 2


Mais sobre a adaptação do Gaspar e da Fiona, e como resolvi alguns probleminhas, no próximo post. 
Até lá!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

COMO OS GATOS DEMONSTRAM AFEIÇÃO




Outro mito originado por quem nada entende de gatos é que eles não são capazes de demonstrações de afeto. Pois saibam aqueles que ainda acreditam em falácias como essa, que os gatos, assim como todos os animais, são carinhosos e ‘falam’ com o corpo, com o olhar e até com a voz, cada um a sua maneira.Há registros na literatura veterinária, de algumas características comuns de como os gatos demonstram afeição e amor.

Cabeçada
Chamada de bunting, em inglês, não é uma cabeçada qualquer. O gato bate delicadamente e repetidamente a cabeça em você. A minha gata, Fiona, gosta de fazer isso na minha mão quando quer ser acariciada. Alguns gatos dão cabeçadas em alguma parte do rosto de seu humano, pois fazem isso também entre eles, como uma espécie de comportamento social para demonstrar afeição. Como os nossos beijinhos no rosto, talvez?

Conversa
Os gatos conversam das mais variadas formas, que pode ir do popular miau a uns sons estranhos, gritinhos curtos ou longos, entre outros, quando seus pais humanos se aproximam. Entre nós, seria algo do tipo “Oba!!! Mamãe chegou!!”

Piscadas lentas
Esta é uma demonstração muito comum de afeição, que os humanos deveriam usar mais tanto na fase inicial de relacionamento com um gato,quanto ao longo de toda a sua relação, pois é assim que o gato demonstra estar relaxado e confortável com você. Portanto, não custa nada responder a esta comunicação, fazendo a mesma coisa. Dê uma piscada lenta e longa para seu gato para lhe dizer que você também o ama.

Afofar
No Brasil, popularmente chamado de “amassar pão”, é o movimento que os gatinhos fazem quando ainda estão sendo amamentados, pois ‘afofando’ a barriga da mãe, eles estimulam a saída do leite. Depois de adultos, os gatos massageiam, com as patas da frente, qualquer coisa que possam afofar.Nem todos os gatos adultos mantêm este hábito. Aqui em casa, os dois fazem isso. A Fiona tem o hábito de afofar o travesseiro que fica ao lado do meu, onde ela gosta de dormir e o Gaspar só afofa a minha barriga ou minhas pernas, quando quer se acomodar no colo.

Esfregar bochechas
Os gatos têm glândulas de odor nas bochechas e eles as esfregam nas pessoas, em outros animais ou até mesmo em objetos. O odor emitido é dos ferormônios, que estão associados com amizade, afeição e familiaridade. Os gatos esfregam as bochechas em pessoas ou objetos com os quais se sentem confortáveis.

Ronronar
O ronronado é complexo porque os gatos fazem esse som quando estão contentes e relaxados, mas também quando estão apavorados, doentes ou feridos. Pensar que um gato só ronrona quando está feliz é um engano, pois gatos doentes ou até em estado terminal usam o ronronado como mecanismo de auto-consolo. Eles também usam o ronronado para aliviarem a tensão deles mesmos ou de um inimigo em potencial. No entanto, quando está no seu colo, sendo acariciado ou pouco antes de adormecer e ronrona, seu gato está visivelmente feliz e demonstrando que adora estar com você.

Lambidas
Quando os gatos têm um bom relacionamento, eles costumam lamber um ao outro. Assim eles demonstram que se gostam e seu gato fará o mesmo com você para misturar os odores dele com o seu. Dar lambidas também ajuda a aliviar o estresse.

Cauda bem ereta
Já discutimos isso nos primeiros posts do blog: o rabo de seu gato comunica muitas coisas que devemos saber ‘ler’. Quando seu gato vem até você ou caminha pela casa elegantemente, com a cauda bem ereta, significa que está feliz e confiante.

Posições vulneráveis
Seu gato deita bem espichado para descansar perto de você? Ele está lhe dizendo que se sente confortável e confia em você. Quando um gato está desconfiado ou desconfortável com outro animal ou com humanos, ele assume a posição “agachada”, com as patas sob o corpo e enrola o rabo em torno de si. Meus dois gatos costumam relaxar tanto, que dormem espichados de barriga para cima, totalmente expostos. Claro, se sentem seguros! Mas atenção: normalmente esta posição significa confiança e relaxamento, quando estão dormindo. Não confunda com a posição “barriga para cima” durante um confronto, quando os gatos ficam nesta posição prontos para a briga.

Contato Físico
Esta é uma maneira bem comum de seu gato mostrar que gosta muito de você. Ele senta no seu colo ou ao seu lado ou simplesmente faz o que a Fiona fez agora, enquanto escrevo: deitou ao meu lado e encostou o corpo na minha perna para ficar bem juntinho de mim. Não subestime esses gestos simples. Sinta-se elogiado de seu gato querer ficar colado em você. Isso é uma grande demonstração de amor.