Egito
No Egito antigo, os gatos eram conhecidos como Mau. Os gatos foram domesticados mais ou
menos 4 mil ou 5 mil anos atrás e aceitos como membros dos lares egípicios,
onde os gatos eram usados para pescar peixes e caçar pássaros, além de matarem
roedores que infestavam as plantações de grãos às margens do rio Nilo.
Os gatos eram tão valiosos para os antigos egípcios,
que eram protegidos por lei (pena de morte para quem matasse um gato,
deliberadamente ou não) e reverenciados como deuses.
Havia muitas deusas felinas, mas Bast foi a única
representada como um gato doméstico.
Bast desempenhava vários papeis, incluindo: Deusa da Proteção, da
Fertilidade, da Luz, e também Protetora de todos os Gatos.
Ao morrer, um gato egípcio tinha seu corpo mumificado
e enterrado em um cemitério especial.
Os egípcios também tinham leis proibindo a exportação
de gatos. Entretanto, como esses gatos eram valiosos em outras partes do mundo
porque caçavam ratos, comerciantes fenícios os contrabandeavam e os vendiam em
países mediterrâneios. Os gatos domésticos também eram encontrados na Índia,
China e Jação, também como animais de estimação.
Outras culturas tinham uma visão diferente dos gatos.
Ao longo dos séculos, o gato domesticado proliferou na Europa, Oriente Médio e
China.
Por volta do século XI, na época das Crusadas, os
gatos eram muito desejados, pois os ratos estavam começando a tomar conta das
cidades. Nesta época eles chegaram à Escócia.
No
Folclore Celta
Gatos, domesticados e selvagens, também eram sagrados
como deuses na mitologia celta, e considerados como um totem poderoso em vários
clãs.
Eles acreditavam que os gatos eram guardiões dos
portões do Além Mundo, guardiões dos seus tesouros e também traziam totalidade
às pessoas, como uma conexão espiritual entre humanos e o universo.
Os gatos eram criaturas mágicas, misteriosas e
sensuais. Entretanto, os gatos pretos eram considerados do mal e sacrificados
pelos celtas.
A
Lenda Nórdica
Os gatos eram dedicados à Freya, a deusa do amor e da
beleza, uma das deusas da fertilidade naquela parte do mundo. Freya é a
protetora dos fracos, curandeira, concede mágica e fonte de amor e paz.
A carruagem de Freya é puxada por dois grandes gatos.
Todos os gatos eram leais a Freya e os fazendeiros deixavam leite, que era
precioso naquela época e região, para eles, para assegurar que a deusa
abençoasse sua colheita. Quando uma noiva tinha tempo bom no dia do seu
casamento, as pessoas comentavam “Ela alimentou bem o gato”, significando que
ela tinha mantido a deusa do amor ao seu lado. E, se um gato aparecesse no
casamento era um sinal de um casamento muito feliz.
Mitologia
do Gato Preto
Durante a Idade Média, os cristãos odiavam gatos e
tentaram os exterminar. Eles associavam gatos com bruxaria e com Satã e temiam
o gato preto de Halloween, que era muito frequentemente visto voando numa
vassoura com uma bruxa.
Ao tentar estabelecer o cristianismo como a única
religião, se sentiram compelidos a destruir todos os remanescentes de outras
culturas religiosas. A Igreja começou os 1.000 anos de mortandade de gatos.
Quando uma população de gatos era exterminada, ratos
doentes tomavam conta do local e, assim, acabaram por disseminar a praga que
matou muitos na Europa.
Mesmo depois dos gatos que ainda restavam terem ajudado
a acabar com a praga, a Igreja Católica culpou os gatos e mais uma vez os
perseguiu.
Gatos
Japoneses
Maneki Neko é a expressão japonesa para “Gato
Acenando”, e esses símbolos são reverenciados em todo o país por atrair boa
fortuna e manter os espíritos do mal distantes. O Maneki Neko tenha sido criado
durante os séculos XIX e XX, quando era representado por um gato do tipo Bobtail, sentado ereto, com uma mão
erguida do lado de sua cabeça.
Salgueiros
Felinos
De acordo com uma antiga lenda polonesa, uma gata mãe
estava chorando às margens do rio no qual seus filhotes estavam se afogando. Os
salgueiros da beira do rio queriam muito ajudá-la, então eles choraram com seus
galhos longos e graciosos, de forma que eles foram até a água para resgatarem
os pequenos filhotes que tinham caído no rio enquanto caçavam borboletas.
Os gatinhos se agarraram co força nos galhos e foram
levados em segurança até a margem. Toda primavera, desde então, diz a lenda que
os galhos dos salgueiros florescem talos que parecem pêlos nas pontas, onde os
gatinhos se agarraram no passado.
A Lenda do Homem Sagrado e o Gato
Na comunidade islamita, os gatos eram respeitados e
protegidos pelo menos em parte porque eles eram amados pelo Profeta Maomé.
De acordo com o folclore, o gato de Maomé uma vez
adormeceu na manga do robe dele, que em vez de acordar o gato, o profeta cortou
a manga do robe quando precisou se movimentar.
Também acredita-se que o “M” que marca a testa do tabby cat foi criado pelo profeta Maomé
quando ele descansava sua mão na testa do seu gato favorito.
Os
Gatos e o Clima
Durante mudanças atmosférias, dizem que os gatos agem
estranhamente e muitos parecem inquietos, até mesmo rasgando almofadas ou
tapetes, porque o gato estaria “levantando o vento”.
A verdade disso é que um gato tem um sistema nervoso
superior e através de seu pêlo, ele pode sentir a aproximação de mudanças no
tempo antes dos humanos.
A eletricidade do ar faz com que o gato esfregue suas
orelhas e lamba o pêo. Quando um gato se lava da sua maneira usual, haverá tempo bom, mas se ele senta com a
cauda na direção do fogo ou se lambe acima das orelhas, tempo ruim está a
caminho. Se um gato lambe sua cauda, haverá chuva.