quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ACEITANDO OUTRO HUMANO NA CASA



Acho que já comentei que a Fiona é tímida e tem medo de humanos. Cada vez que toca o interfone, ela já sabe que deve ser alguém estranho à casa chegando e se esconde embaixo da minha cama ou sob a colcha.
Mês passado meu pai veio morar comigo e a Fiona passou uns 4 dias escondida, comendo somente quando tinha certeza de que ele não estaria por perto. Fiquei triste e preocupada porque ela recém havia se adaptado à presença do Gaspar e agora se recusava a sair de sob a cama. Então decidi pedir ao meu pai que colaborasse para que a presença dele fosse aceita por ela, pois ela não tinha gostado do cheiro dele e dos barulhos diferentes que ele fazia. Ele aceitou e não foram necessários mais do que 2 dias para que ela começasse a confiar no meu pai. Como fizemos isso:
Passo 1 – Avisei a ele que levaria a Fiona para o andar de baixo, onde ele estava, e que passaria com ela, deixando-a ver que ele estava ali. No entanto, ele não deveria olhar para ela. Fui no andar de cima, peguei a Fiona no colo e a levei para baixo, até a cozinha, para que se alimentasse. Ela não recusou comida ou água, mas não usou a caixa de areia porque quando meu pai fez barulho, ela subiu correndo de volta.
Passo 2 – No outro dia, repeti a ‘operação levar Fiona até a cozinha’, mas dei uma parada com ela ainda no meu colo, para falar com meu pai, que deveria olhar somente para mim. Ele fez o que pedi e ela viu que aquela pessoa a respeitava, então além de comer na cozinha, foi até a área de serviço e usou a caixa de areia. Mas subiu correndo de novo, demonstrando medo e se enfiando sob a cama novamente.
Passo 3 – Dei ao meu pai um potinho com snacks, que a Fiona adora, e disse a ele que quando a visse por perto, que não se aproximasse dela, mas que colocasse um snack sob uma superfície entre ele e ela, continuasse sem encará-la e observasse o comportamento dela. Eu não estava em casa quando isso aconteceu e meu pai contou que ela aceitou o snack, fez contato visual com ele e saiu correndo. Mais tarde eu a busquei no quarto, a coloquei na ‘varandinha’ e meu pai sentou no sofá de uma forma que bloqueava a volta dela pela janela, Então eu pedi a ele que colocasse um snack sob o peitoril da janela e chamasse a atenção dela, que subiu no peitoril para comer o snack. Então ela olhou para ele e ficou encarando, como que pedindo outro. Eu disse a ele que podia dar outro snack para ela e, assim, eles foram se comunicando. No entanto, houve o momento pânico e ela acabou se escondendo dele de novo.
Passo 4 – Orientei meu pai para que continuasse a dar snacks para ela de vez em quando, principalmente quando eu não estivesse por perto. Mais tarde, ao chegar em casa, a Fiona já estava confortavelmente se movimentando pela casa, como sempre fazia antes da chegada do meu pai, e inclusive indo até a mão dele e tocando com o focinho para pedir snacks.

Pronto! Eu consegui mais uma adaptação da Fiona, minha gatinha medrosa, com mais um ser vivo. A tendência dela é sempre entrar em pânico e demorar a aceitar novas companhias na casa, mas com jeitinho se consegue mudar um comportamento deste tipo. Por isso eu concordo com os especialistas no assunto: jamais desista de seu felino só porque o comportamento que ele apresenta não é o ideal. A primeira coisa que precisamos fazer é obter a confiança deles, nos comunicarmos dentro da etiqueta felina e eles serão os melhores companheiros que podemos ter. 

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